Realizado em Ilhéus entre os dias 7 e 9 de agosto, o Simpósio de Biodiversidade Aquática da Mata Atlântica (SIMBAMA) reuniu cientistas e estudantes dedicados ao estudo da vida aquática na Mata Atlântica e nos Ecossistemas Costeiros Adjacentes. Durante o evento, foram apresentadas pesquisas e discutidos os principais desafios da área, com uma programação que incluiu palestras, mesas-redondas, apresentações de trabalhos e minicursos sobre temas como conservação, manejo de recursos naturais, ecologia e evolução das espécies aquáticas.
O ecólogo Alexandre Schiavetti, Coordenador de Divulgação Científica do Projeto Budiões, destacou a ciência cidadã em sua conferência intitulada “Ciência cidadã como alternativa de inventário da biodiversidade aquática”. Schiavetti enfatizou as vantagens desse método, mostrando como ele pode se tornar uma ferramenta poderosa para monitorar e compreender ecossistemas quando aplicado ao inventário da biodiversidade aquática.
Além das apresentações científicas, o simpósio proporcionou momentos de integração e networking, promovendo a troca de experiências e o estabelecimento de novas parcerias. O evento também premiou os melhores trabalhos nos formatos de pôster e apresentação oral, nos níveis de graduação e pós-graduação, incentivando a divulgação científica e a democratização do conhecimento.
Promovido pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), com apoio da Faculdade de Ilhéus, o SIMBAMA é uma iniciativa fundamental para estimular a pesquisa e o conhecimento sobre a biodiversidade aquática da Mata Atlântica.
A UFSB e a Uesc são duas das seis universidades que formam a base científica do Projeto Budiões, uma iniciativa que alia pesquisa a ações de educação ambiental e divulgação científica. Com patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, o projeto busca promover o desenvolvimento sustentável nas comunidades costeiras ao longo dos mais de 7.000 quilômetros do litoral brasileiro. Entre as metas do projeto estão a criação de alternativas econômicas que não dependam da pesca predatória e o estabelecimento de políticas públicas que promovam uma gestão mais eficiente dos recursos naturais, garantindo a proteção dos budiões e dos ecossistemas marinhos como um todo.
As equipes do projeto também atuam no monitoramento, avaliação e conservação dessas espécies, em uma área que abrange os estados do Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.